No bloco de um folião contido Não tem confete nem serpentina Não tem pierrot nem colombina No carnaval desse pobre alguém Não tem moça e não tem menina Tem sim um coração ferido De quem não vai encontrar ninguém
Hoje Deus fantasiado de gente Num conselho indiferente De toda a gente comum Falou que pra ter sucesso É preciso ser qualquer um Nem manso, nem exigente
No suspiro da madrugada Quando as folhas esmorecem Eu presto atenção no céu A inspiração salvaguardada Que as horas esquecem Formam as estrelas no papel